O caso de Antero - Paredes de Bordel
Antero em seu leito,
No deleite da dor descoberta
Revela Dianna após o feito
O pranto (ou encanto) da morte certa:
- Acho que tenho AIDS... (Sussura Antero)
Daqui, dessas paredes pra fora
Em mente pretendo viver...
O dia é muito grande pra isso conter.
Livre do mundo lotado de gente
Amarei a todas prostitutas
Deusas desnudas indecentemente
Amá-las-ei sexualmente.
- Acho que tô surtando Antero!
Temo tudo ditado nesse sonho
Já nenhum carinho eu pondero
Nada dessa vida já eu quero.
Dias que não vejo o mundo...
Dias de morte - entreguei-me ao seu gozo
Dias de paz - Já não tem seu doloso dorso
- Partindo de nós! (Diz Antero ao fundo).
- Jaz é noite Mulher! Durma um pouco.
Se for a morte traga-me um trago...
Deixo-te em carne viva o meu gozo
E levo à tumba a cicatriz do teu cigarro.
- Mulher!
- Quero ir a morte condenando-a
Mordendo desejos,
Bocejos na manhã,
E os cães raivosos rodeando
Até desistir de amar...
E você os viciando
Aprontando com seu sexo
Distorcendo sua dor...
Calando tua voz
O matando lentamente
No sereno dessa vida
Do amor sobrevivente
Fantastico cara!!
ResponderExcluirum dos seus melhores textos sem dúvida!!!
Você é o poeta mais poeta que conheço.
ResponderExcluirAdorei!
Pode se considerar poeta de alto nível de vez!
ResponderExcluirPoema bom toda vida esse seu, viu? Orgulho-me em ser sua amiga!
Muito bom! Adorei!
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