quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Maquina do Tempo






Encarou corrente a cada passo
Brilhava em contos mudos
Sem contar na vida esse atraso

Não esperava o sol do dia
Não encontrava mais alegria
Só se via feliz no seu passado

Passara a noite pensando
Como voltar não sonhando?
- Quero viver aquilo novamente
O que já me lembro esvai da mente

Ferozmente em um impulso
Controlando entre os dedos
Quatro dedos de Amstel Gold
Na mão uma bebida estilo "Old"

Desceu até o porão onde guardara
Ferramentas, cabos, fios, indecência,
Amores, tesão e uma morte q o amargara
E que Muitas vezes o deixara em decadência.

Deixou o copo ali, em uma bancada
Saiu daquela despensa de passado
Aos tragos subiu rapidamente a escada
Pegou cartas que ela escreveu "meu amado".

Juntou fios, conexões, fitas, resistências...
Caixas e caixas de coisas, de Ciência.
Organizou tudo com carinho e cuidado
Testou ligações. - ficou de muito grado!

Enfim, estava pronta aquela experiência
A grande e esperada volta ao passado
Bastava fazer ligar o botão da Ciência
apertou, numa faísca, conseguira seu fato!

O tempo, como raio ficou cada vez mais lento.
O silencio tomou conta dos seus pensamentos
Já não existia o tempo para aquele apaixonado
Pois a partir daquele aperto, morrera eletrocutado.


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